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quarta-feira, 17 de abril de 2019

SOU ESPOSA DE PASTOR, POR QUE NÃO SOU FELIZ?

Foto ilustrativa: pexels

Esposa-pastor-infeliz. Essa declaração parece ser contraditória, porque a maioria das pessoas na igreja vê o pastor como um MARIDO e PAI generoso, educado, gentil, afetuoso, equilibrado, honesto, carinhoso, perdoador, solidário, grato, companheiro, fiel, romântico, carinhoso, presente, protetor, amigo, sensível, cavalheiro e humilde. Resumindo, um homem de Deus. Quantas mulheres ao ouvir o pastor pregando no domingo à noite, disseram para elas mesmas: – Como eu gostaria que meu marido fosse assim!

REPUTAÇÃO é o que as pessoas pensam que você é; CARÁTER é aquilo que você realmente É.

Uma pergunta que muitos gostariam de fazer para a esposa e os filhos do pastor, é essa: Como ele (o pastor) é na sua casa? Que nota vocês dariam para ele como marido, pai, cunhado, filho e irmão? Por causa do meu trabalho como terapeuta familiar, com frequência sou procurado por esposas e filhos de pastores que buscam um conselho em relação aos problemas de relacionamento em casa.

É claro que não posso generalizar, conheço muitos pastores que tem um bom relacionamento familiar e um casamento dentro do razoável. O que me preocupa, é que aumenta a cada dia o número de pastores que se veem obrigado a viver uma vida conjugal de fachada, mostrando um “casamento equilibrado que na verdade não existe”, usando sempre um verniz religioso, disfarçando certa piedade, só para não perder o “seu ganha pão”, que é o ministério. Essa afirmação não é uma conjectura, mas sim uma realidade constatada a partir da confissão de esposas de pastores nas cartas, e-mail’s, aconselhamento e desabafos entre amigas. Vamos conhecer algumas dessas confissões:

Preferia ser apenas uma ovelha dele, nunca esposa.

Ele dá tudo de si para a igreja e nunca sobra o suficiente para suprir as minhas necessidades. Eu sou a ovelha mais carente da igreja.

Já ouvi dele, se não fosse o meu ministério, já teria me separado de você.
Ele nunca prega sobre relacionamento, por que o nosso casamento é um fracasso.

Se a igreja soubesse quem ele é dentro de casa, não o aceitaria como pastor.

Meus filhos não vão à igreja por causa da hipocrisia do pai. Ele prega aquilo que não vive.

Meu marido-pastor não pode ver um “rabo de saia”, cobiça mulheres na minha frente.

Estou cansada de ouvir dele: Eu não te amo mais…

Por duas vezes o peguei vendo pornografia, o pior é que ele se irrita por eu ser contra esta imoralidade.

Já passamos três meses dormindo em camas separadas.

Ele já me agrediu fisicamente antes de sair para a igreja onde iria dirigir um culto de oração.

Nós não temos vida sexual já faz seis meses.
Por pior que seja a esposa, nada justifica estas atitudes e palavras que revelam um coração que não tem nada a ver com o coração de um autêntico pastor. Aqueles que se dizem pastor e não praticam os princípios básicos do Evangelho, manifestando dupla personalidade e séria deformidade de caráter, a Bíblia os define como: “…manchas em vossas festas de amor, banqueteando-se convosco, e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas; Ondas impetuosas do mar, que escumam as suas mesmas abominações; estrelas errantes, para os quais está eternamente reservada a negrura das trevas”. (Jd 12,13).

O apóstolo Paulo ao instruir Timóteo sobre as viúvas que podiam assistir sua família, mas negligenciava esse cuidado, disse: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel“. (1 Tm 5.8) Infelizmente, muitos lideres que deveriam ser o exemplo dos fieis, tem se comportado dentro da sua família de forma escandalosa para o Evangelho.

O que Jesus disse em Mateus 16.26 deve soar todos as dias como uma grande advertência para todos nós pastores: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?” Fazendo uma aplicação dentro daquilo que estamos considerando, poderíamos construir este texto assim: “o que adianta o pastor ganhar o mundo inteiro e perder a sua família?” Se por ventura o pastor que está lendo este texto, entender que esse é o seu problema, o caminho para qualquer mudança continua sendo o arrependimento. Nunca é tarde para reconhecer o buscar cura em Deus, onde a graça continua fluindo do seu coração.

Minha oração de todos os dias é essa: “Senhor, não deixe faltar temor em meu coração e continue o processo de cura e libertação em minha vida. Eu quero a cada dia melhorar um pouco mais. Faz de mim um obreiro aprovado. Um pastor que não tem do que se envergonhar diante da família e da igreja. Em nome de Jesus amém!”.

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por: Pr. Josué Gonçalves

terça-feira, 16 de abril de 2019

UMA SEMANA PARA REFLETIR SALVAÇÃO!

Pr. Gomes Silva
Foto: google imagens

Esta semana é chamada historicamente como sendo a “Semana Santa”. Ela é uma tradição religiosa católica que celebra a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus Cristo. Seu início se dá no Domingo de Ramos, que relembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e termina com a ressurreição de Jesus, que ocorre no domingo de Páscoa.

Na visão evangélica (pelo menos para a maioria absoluta das denominações), as celebrações alusivas à Semana Santa são ritos praticados há muitos anos pela Igreja Católica. Ou seja, é um ato cultural religioso criado por homens, prática condenada pela própria Palavra de Deus. Ainda mais: A “Sexta-feira Santa” para nós evangélicos é apenas um feriado do ano, onde aproveitamos para pregar o evangelho de Cristo, descansar, viajar, participar de retiros espirituais ou dedicar-se à leitura bíblica, reflexão sobre o sofrimento e ressurreição de Jesus bem como à oração.

Independentemente de como as igrejas e seitas vejam e celebrem esse período, o certo é que Jesus Cristo – a palavra - se fez carne, habitou entre nós; sofreu perseguição, foi traído, negado, vilipendiado, oprimido, ferido pelas transgressões, moído pelas nossas iniquidades e levado para o matadouro (Calvário) como se fosse um animal (Isaías 53:3-7) e sem fazer qualquer reclamação ou exigir direitos a viver por sua condição divina. Pelo contrário, Ele renunciou as prerrogativas inerentes à divindade, humilhou-se e foi obediente até à morte e morte de cruz (Filipenses 2:8) de forma espontânea.

Como sabemos através da história, “a cruz era um instrumento de tortura e morte usado durante o tempo do Império Romano, sendo usado para aplicar a pena de morte a indivíduos que eram condenados pelas autoridades” (def. do significados.com.br). Tomados por um sentimento de culpa, os Romanos aboliram anos depois essa forma de punição. De acordo com a fé cristã, através da morte de Jesus na cruz e da ressurreição (ibidem), “todo aquele que Nele crê não perecerá, mas terá a vida eterna” (cf. João 3:15).

A morte e a ressurreição de Cristo trouxeram esperança para os perdidos, alívio para os cansados, cura para os doentes, liberdade para os “presos” pelo pecado e “acorrentados” pelo diabo e seus asseclas. E, principalmente, vida eterna no céu para quem o receber como Senhor e Salvador, pois o principal foco de sua missão aqui na terra foi exatamente cumprir toda justiça de Deus em benefício da humanidade. E a própria Palavra inspirada diz que, “não há salvação em nenhum outro! Não há nenhum outro nome debaixo do céu, em toda a humanidade, por meio do qual devamos ser salvo” (Atos 4:12 – NVT) a não ser Jesus Cristo.

Jesus é a única via de acesso a Deus (João 14:6) e o único (tão-somente Ele) mediador entre o homem e Deus (1 Timóteo 2:5). E, além de enfrentar angústia, sofrer humilhação, ser perseguido, traído, preso, crucificado e morto para nos salvar, Jesus também assumiu o compromisso de perdoar nossos pecados e nos purificar de toda injustiça (1 João 1:9) e ainda tornou-se o nosso advogado junto ao Pai (1 João 2:1). Tudo isso movido pelo amor do Pai (e Dele próprio) pelo pecador (João 3:15-16).

Em assim sendo, podemos afirmar que há mais de dois mil anos, Cristo (O Messias) é, realmente, o divisor da história da humanidade: Antes e depois Dele. Ele mudou o mundo, mudou pessoas e fê-los enxergar novos horizontes de vida; quebrou paradigmas e restaurou a comunhão do homem com Deus por meio do arrependimento, conversão e santificação (Atos 3:19; 1 Pedro 1:16; Hebreus 12:14).

Hoje podemos afirmar: “Sem Cristo, sem cruz não há salvação, porque ele próprio é a Salvação”.
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O autor é jornalista e pastor da Comunidade Evangélica Pentecostal Expressão de Amor – em Alagoa Grande/PB.